Uma paixão que remete a nossa infância trazendo sensações de liberdade, adrenalina e diversão, vitamina para o nosso bem estar de espírito. O skateboard sempre proporcionou isso ao longo de nossa existência.

Agora voltamos as dificuldades que as grandes urbes vivem diariamente em suas vias atoladas de barulho, poluição, estresse e colapso de movimentação. E mesmo se as administrações tentam incentivar a utilização coletiva de transporte, ainda sim encontramos o mesmo cenário de superlotação e congestionamento.

As soluções adotadas para fugir deste cenário, vão de encontro para locomoções portáteis, que estimulam qualidade de vida na contramão do cenário acima.

O skateboard elétrico, e-board ou esk8, proporciona uma resposta interessante para isso, utilizando a simplicidade da tábua movida por 4 rodinhas com tecnologia alcançada atualmente.

Resgatando a beleza de um sentimento especial, vezes sagrado para muitos, com a oportunidade de descoberta surreal para outros, o ESK8 produz energia limpa, é meio leve, fácil de acomodar e sua execução é divertida.

Não é difícil entender então porque existem uma série de empresas envolvidas na comercialização desses produtos. Nosso próximo passo é apresentar os mais variados equipamentos um a um e quem os comercializa.

No entanto, precisamos separar as empresas, para que isso não fique confuso e ao mesmo tempo desmereça a competência de cada uma delas no seu empenho pela causa. Existem aquelas que se dedicaram bastante, por praticamente uma vida para divulgar esta ideia e que investiram fortemente para chegarem onde se encontram. Outras que aproveitaram o bonde andando e/ou são meras figurantes.

Depois de estudarmos boa parte delas, encontramos meios para classificar seus posicionamentos, conforme a proposição que segue abaixo. Cada uma delas terá também seu próprio espaço com todos os modelos que produziram ou forneceram para o setor.

Desenvolvedores

100% dedicados a paixão pelo skateboard elétrico. Suas histórias se moldam com a evolução e pioneirismo do setor, em conjunto com as inovações na trajetória da própria existência.

Via de regra são tomados como inspiração ou modelo a ser seguido, vezes até copiados totalmente. Investem pesado em profissionais tais como, como designers, engenheiros, técnicos, etc.

Por isso, toda a estrutura dos seus eboards, seja ela mecânica, elétrica ou eletrônica, possuem genuinamente sua cumplicidade e assinatura.

Disponibilizam considerada infraestrutura para atender seus consumidores, por vezes até fora da própria fronteira.

Construtores

Assim como os desenvolvedores, possuem uma identidade exclusiva e paixão pelo que fazem, com design distinto de suas próprias peças ou parte delas, dedicados totalmente a causa do skateboard elétrico. Porém não elaboram todo o produto, adaptando algumas partes, na maioria dos casos, com soluções ou ideias já existentes.

Não há também constatação de algum tipo de inovação destacável para o setor, porque investem pouco na continuação do desenvolvimento dos seus produtos e o staff envolvido na elaboração, construção e produção é relativamente reduzido.

Em alguns casos, não possuem ou investem em profissionais dedicados na criação do próprio sistema elétro-eletrônico integrado, preferindo terceirizá-los.

Montadoras

Também chamados de “assemblers”, aproveitam o que o mercado oferece genericamente para as respecticas montagens. Possuem intimidade suficiente com o skateboard elétrico ao ponto de dominar todo seu funcionamento, por vezes até mais técnicos, porém ao contrário dos desenvolvedores e construtores, não investem em profissionais especializados para executar seus projetos.

O assembler tem apenas o trabalho de montar o conjunto, com itens de terceiros “opensource” ou reproduções, inclusive no design em alguns casos, colocar seu logotipo e comercializar. O staff é quase inexistente. Alguns transgridem direitos autorais de itens já protegidos por patentes, clonando-os nas mesmas características, violando a propriedade intelectual do criador, protegidos por vistas grossas, onde operam ou mandam reproduzi-los.

Importadoras

O relacionamento com a causa do skateboard elétrico é praticamente zero. Somente outro item do variado portfólio que comercializa. Negociam por preços irrisórios, grandes lotes de qualidade questionável sem controle de produção, testes e responsabilidade técnica. É possível ver exatamente o mesmo eboard, em várias partes do mundo com diferentes rótulos.

Geralmente não possuem conhecimento técnico de esk8, muito menos pessoal capacitado para responder demandas pontuais, quanto dirá aquele de reparação, tendo o eboard a inutilidade ou descarte definitivo. As fontes com quem negociam, muito menos, tratando-se de atravessadores em cascata.

A falta de informação faz com que esses produtos se apresentem no mesmo patamar daqueles construídos com maior capacitação técnica envolvida, e principalmente suporte. Os valores são tentadores, mas nem sempre trazem o custo benefício esperado, e a decepção pela aquisição, depois de constatada falta de qualidade, potência e principalmente durabilidade, é frustrante. Alguns nessa relação, talvez se salvem, mas são raríssimos casos. A maioria por sinal, já encerraram suas operações com o skateboard elétrico. Infelizmente, situações negativas geradas neste aspecto, prejudicam seriamente a credibilidade e nobre proposta do esk8.